Adio os cortes
na arte.
Abato-me
se o dia se parte
ao meio.
Saio da fome
à procura
de um novo
ensaio
para a vida.
Desmaio
até nutrir-me
no próprio sopro
do trabalho.
Exaurida.
Mas há uma fratura,
ou talho
na fartura da fruteira
sobre a mesa,
inteira;
Uma tristeza
inesperada
nos poros,
nas peras,
e que me brota assim...
interna,
aberta na paciência
quase bruta,
às vesperas
da salada
calada
de fruta.